Medo de Ficar de Fora – FOMO

FOMO, O que é?

Para começar, é importante referir que a comunicação sempre fez parte da vida humana e tem um papel essencial no nosso desenvolvimento., mas com o avanço da tecnologia, as interações passaram a acontecer cada vez mais em ambientes virtuais, como por exemplo o telemóvel, tablet ou computador. Desta forma, esta mudança trouxe muitas facilidades, mas também novos desafios. Sendo que um deles é o FOMO (Fear of Missing Out), traduzido como “medo de ficar de fora”, ou seja, trata-se de uma condição caracterizada pela ansiedade persistente de que os outros estão a viver experiências mais interessantes ou gratificantes do que nós.

Vamos então entender como é que o FOMO está muitas vezes associado, isto é:

  • Infelicidade e insatisfação pessoal ou seja, dificuldade em sentir-se satisfeito com a própria vida.
  • Comparação social constante, como por exemplo, acreditar que as experiências dos outros são mais positivas.
  • Necessidade de pertença, isto quer dizer, sentir que só ao estar “sempre presente” se faz parte de um grupo.
  • Uso excessivo das redes sociais, logo, uma exposição contínua às conquistas e vivências alheias.

Desta forma, O FOMO pode manifestar-se através de:

  • Ansiedade quando não é possível acompanhar a vida social online;
  • Sensação de exclusão ao não participar em experiências partilhadas por outros;
  • Preocupação com a possibilidade de perder eventos futuros nas redes;
  • Aumento da adição às redes sociais;
  • Sintomatologia ansiosa, depressiva e diminuição do bem-estar geral.

Estas manifestações, quando persistente, pode provocar:

  • Diminuição do foco e necessidade constante de verificar o telemóvel;
  • Redução da interação social presencial;
  • Alterações na qualidade e higiene do sono;
  • Atraso no cumprimento de responsabilidades;
  • Aumento dos níveis de stress.

Assim, quando isto acontece, o que podemos fazer? (Estratégias de coping)

Para reduzir a ansiedade associada ao FOMO, algumas estratégias são:

  • Realizar atividades prazerosas que estimulem emoções positivas.
  • Afastar-se das redes sociais em momentos de maior tristeza ou ansiedade.
  • Iniciar novos hobbies não competitivos, como leitura, escrita ou prática artística.
  • Valorizar o presente e as próprias experiências, em vez da comparação constante.

 

Ivone António – Psicóloga Clínica

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